Mensagem do Presidente do Secretariado Nacional do Movimento dos Cursilhos de Cristandade

21-05-2012 17:20
JUBILEU DOS 50 ANOS DO 1º. CURSILHO DE SENHORAS DA DIOCESE DE LISBOA E SIMULTÂNIAMENTE DE PORTUGAL

LISBOA -19 DE MAIO DE 2012                                     

Saudação

Antes de mais, agradeço ao Senhor o convite que me foi dirigido pelo Presidente do Secretariado Diocesano de Lisboa, para estar aqui hoje em representação dos Cursilhistas de Portugal.

É um momento de oração e de agradecimento ao Senhor, porque há 50 anos as mulheres de Portugal, começaram a poder participar, num acto de renovação e de formação espiritual cristã, que antes lhe estava vedado.

Irmãs e Irmãos em Cristo, lembro o que D. Juan Hervás escreveu no Manual de Dirigentes, “os Cursilhos de Cristandade, não nasceram e não foram pensados para mulheres, mas sim para homens jovens”.

Mas, razões familiares e porque muitos dos homens jovens que viveram a experiência de um Cursilho casaram, levou a que se encontrasse no método, um equilíbrio entre o que estava pensado e o que se propunham realizar, para que em casa a família vivesse um ambiente De Colores.

E foi assim, que em Tarragona se realiza o 1º. Cursilho de Senhoras de 29 de Abril a 2 de Maio de 1958 ou seja, 14 anos depois do 1º. Cursilho de Cala Figuera de Santanyi em Palma de Maiorca.

Estamos em festa Jubilar, porque há 50 anos nesta Diocese de Lisboa se realizou o 1º. Cursilho de Cristandade de Senhoras, que é simultaneamente o 1º. de Portugal com 36 candidatas, algumas aqui presentes e entre outros, integrava a Direcção Espiritual do Cursilho o Rev. Pe. Dâmaso aqui presente também, mais 2 Sacerdotes Portugueses e D. Vitoriano Aritze de Vitória (Espanha), o mesmo que em Fátima e como Director Espiritual do 1º. Cursilho de Homens de Portugal, que se tinha realizado 18 meses antes, colocou aos pés da imagem da Nossa Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições, os milhares de intendências que tinham sido enviadas como testemunho, entregando-as à Mãe do Céu, para o bom êxito do Cursilho, que no seu entender, estava a correr muito mal. Todos ou quase todos conhecemos a história ou melhor as consequências deste gesto, que veio a transformar-se numa graça, num milagre Divino.

Quero também referir, que da Equipa Reitora de Dirigentes Leigos faziam parte 6 Senhoras vindas de Vitória (Espanha) e 3 homens da Diocese de Lisboa, que foram ao Cursilho proclamar Rolhos, mas no final do mesmo retiravam-se.

O difícil foi a arrancada inicial, para uma caminhada de 50 anos de renovação cristã de muitas mulheres e homens, que souberam levar para os seus ambientes, uma nova esperança de fé e de confiança em si mesmos e transmitiram essa mesma alegria da Boa Nova em Jesus Cristo, que foram buscar ao Cursilho de Cristandade.

Hoje temos de continuar a Repensar o MCC, à luz dos sinais dos tempos, sem beliscarmos a sua essência e a sua finalidade, mas sujando as mãos no que é necessário fazer, (como dizia em Fátima, no passado dia 13 de Maio, o Presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi), o cristão, o Cursilhista como Igreja viva que é, tem de levar a água viva do Evangelho, àqueles que são ignorados pela sociedade e aos afastados da Igreja, para aí vertebrarem cristandade.

Mas, para que isso aconteça à luz da Palavra de Deus, o Cursilhista tem de ter um plano de renovação cristã pessoal e de grupo, para responder nos ambientes ao que lhe foi transmitido no Cursilho.

Os ambientes de ontem, estavam impregnados de um laicismo quase sem fronteiras, mas o de hoje, está institucionalizado e os cristãos, os Cursilhistas, em muitos dos seus ambientes, não podem falar de Cristo e da Igreja que são.

Repensar o MCC, passa por repensar o Pré-Cursilho, o Cursilho e o Pós-Cursilho.

Passa por haver grupos de cristandade (grupos que sejam ágapes) e não grupos que se reúnem para contar casos ou coisas.

Passa por haver Ultreias vivenciais e testemunhais e não teológicas. Passa por haver Escolas do MCC, comprometidas na formação da técnica do Movimento e de formação humana e espiritual do Cursilhista, com base no Ideias Fundamentais, Livro Meditação e Rolhos, Catecismos da Igreja Católica e da Doutrina Social da Igreja.

Enfim passa por retirar os postiços que ao longo destes 50 anos foram sendo colocados no Cursilho, respeitar o Carisma Fundacional, na perseverança de amor ao próximo, como Cristo nos ensinou, porque a essência do MCC é Jesus Cristo e o seu Evangelho.

Cristo conta com cada um de nós. De Colores.

Jaime Custódio

Presidente do Secretariado Nacional do MCC